Porque voto em José Serra
por Bruno Covas
O Brasil é hoje um país em franco crescimento. O Brasil tem possibilidades reais de trilhar seu futuro. O desemprego é um dos mais baixos da história recente. O salário mínimo recuperou seu poder de compra. Milhões de brasileiros deixaram a chamada linha da pobreza.
Ao contrário de vários países, o Brasil resistiu e passou quase ou sem nenhum arranhão pela crise financeira internacional recente que arrasou várias economias pelo mundo afora. Mas tudo isso tem uma razão: NÃO SE DEVE, BASICAMENTE, AO GOVERNO LULA. E MENOS AINDA AO PT. O responsável pela inserção do Brasil no mundo globalizado, com economia sanada, condições reais de crescimento e desenvolvimento se chama Fernando Henrique Cardoso. E o PSDB. Fernando Henrique que com o PSDB, em 1994, ao criar e implantar o Plano Real - que o PT votou contra -, saneou a economia brasileira. Quebrou a hiperinflação. Colocou o Brasil nos trilhos.
E foi precisamente nesse momento que começou a inclusão social da maioria da população brasileira menos privilegiada. Foi aí, com o PSDB, que foi criada a Rede de Proteção Social que desenvolveu cinco programas sociais: o bolsa-escola, o bolsa-alimentação (iniciativa de Serra quando ministro da Saúde), o vale-gás, o programa de erradicação do trabalho infantil e o programa para jovens em situação de risco. Mais de 4 milhões de famílias foram beneficiadas.
Lula pegou esses cinco programas sociais e os juntou num só, "inventando" o Bolsa Família, sem pagar direitos autorais. Lula recebeu uma herança bendita de Fernando Henrique, da qual se apossou, sem cerimônia. Lula faz bonito com chapéu alheio.
Foi na admistração de FHC que o investimento privado em educação superior (faculdades e pós-graduação) cresceu significativamente em especial pela criação de linhas de crédito para Instituições de Ensino. Houve um salto nos índices de brasileiros cursando nível superior e ensino médio.
Lula e o PT se opuseram à Lei de Responsabilidade Fiscal, que acabou com a gastança de prefeitos e governadores. Mas, na administração Lula, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci tratou de anunciar que respeitaria essa lei.
José Serra tem 40 anos de história. Foi presidente da UNE, quando ela era, ainda, a União Nacional dos Estudantes e não um covil de pelegos. Exilou-se no Chile, em 1964. Foi secretário do Planejamento do governador Franco Montoro e coordenou a organização do plano de governo de Tancredo Neves. Lula e o PT dizem que lutaram pela redemocratização. Eles mentem, de novo, pois ficaram contra a eleição de Tancredo Neves pelo Congresso.
Como deputado, Serra tirou do papel o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Ministro da Saúde, Serra criou os genéricos. Anunciou que as patentes de remédios não poderiam prevalecer sobre a saúde e conquistou o apoio da Organização Mundial da Saúde. Desde então, as patentes dos medicamentos podem ser quebradas em caso de risco de pandemias ou emergências. Serra multiplicou por 9 as equipes do Programa de Saúde da Família. Criou também os mutirões de saúde. E promoveu campanhas de vacinação para os idosos.
Como governador, José Serra, além da responsabilidade orçamentária e do equilíbrio das finanças, se destacou pela prioridade dada ao meio ambiente, ao salto de qualidade na saúde, à expansão da educação profissional, ao investimento inédito na cultura e ao ambicioso plano de melhoria de transportes. José Serra tem bagagem: foi estudante de engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e PhD em economia. Suas propostas, mais consistentes e pautadas pela experiência, são melhores para o Brasil do que as de Dilma Rousseff, especialmente em relação à economia, política internacional,
saúde, e do uso racional dos recursos naturais preservando o meio ambiente.
Nos dias finais em que se desenrola a batalha do 2º turno das Eleições Presidenciais, a discussão da agenda de ajustes necessários e urgentes na condução da política econômica brasileira foi deslocada no debate por inúmeras outras questões. A política econômica deveria estar no centro dos debates.O ciclo político eleitoral (gastos de campanha e execução de gastos orçamentários concentrada no segundo semestre) e a verdadeira explosão do crédito ao setor público e ao setor privado em andamento estão relançando a economia no final do terceiro trimestre e neste quarto trimestre de 2010. O sintoma mais
evidente da aceleração da demanda doméstica está na elevação da inflação, que se iniciou pelo canal dos preços ao consumidor (para o patamar de 5,5% a 6,0% acumulado em 12 meses), seguida pelo aumento dos preços de atacado (IGPs e especialmente os preços industriais), que devem fechar 2010 na casa de 9,0% a 10,0% a.a.
O que tem de ser feito? Uma política econômica consistente, responsável, que preserve a estabilidade inflacionária. E para isso será, indiscutivelmente, necessário um ajuste fiscal do tipo "freio de arrumação" logo no início do novo governo. José Serra sabe e está preparado para isso. Importante também ressaltar que acredito no respeito de José Serra pelas instituições democráticas e pelas liberdades individuais, inclusive da imprensa – elemento fundamental para a manutenção e consolidação da democracia.
Por último, por entender claramente que a manutenção da maioria das políticas do governo de Fernando Henrique Cardoso durante o governo Lula permitiu a melhoria das condições econômicas e sociais do país na última década, e que a continuidade e o aprofundamento necessário e responsável dessas políticas ficará garantida com a eleição de José Serra, voto em José Serra. Voto PSDB.
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