segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pensamento

Ontem estava pensando acerca de expor meu coração e me veio à mente o filme Coração de Dragão, um sucesso dos anos 90.
Fiz esta ligação pois a cada texto ou poesia que escrevo me sinto como o “Draco”, uma vez que compartilho parte de meu coração com a pessoa que inspira-me.
No filme o único jeito do dragão e do ser humano com quem este compartilhou seu coração, sua alma, seria um golpe certeiro no peito aberto de Draco.
Isto que ocorre quando escrevo para alguém, abro meu peito para ela, entrego parte de meu coração e alma. Assim sendo creio que a cada desilusão eu morra um pouco.
Morro porque o amor é meu respirar e minha razão de viver. Me apaixono facilmente e me decepciono enormemente. O que posso fazer? Tenho sangue quente e um coração ardente.
Assim entendo a célebre frase “sou um poeta e não aprendi a amar”. Outrora achava que a autora da mesma não conseguia amar a ninguém, hoje sei que ela diz que não aprendeu a amar, não pela falta deste sentimento, mas sim pelo excesso deste.
Nós poetas encontramos o amor nas mais simples coisas, pode ser um sorriso irradiante ou um olhar puro. Pode ser ao ver a alvorada ou crepúsculo ao lado de alguém especial. Pode ser após uma longa caminhada acompanhada de conversa furada ou um abraço caloroso.
Sem cerimônias o amor invade nosso mundo, sem ser convidado instaura-se em nosso coração, sem educação toma as rédeas e abate a razão.
Fácil é se apaixonar, difícil é esquecer... Estou ferrado, poeta, libriano e romântico! Alguém quer trocar o coração pelo fígado?

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