segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quem sou eu?

Me dei ao trabalho de escrever, mas o orkut num diexa postar na integra então posto aqui:

Possivelmente a pergunta mais complexa que existe e um site quer que digamos simples assim...

Bom, superficialmente, sou um jovem caiçara, nascido e criado em Ubatuba. Minha família é bem conhecida na cidade, sou filho de Gilmar Rocha, ex-vereador e ex-secretário municipal e de Ana “Rocha”, ou seja, união de duas famílias tradicionais. Alguns parentes mais conhecidos que possuo para vocês se situarem são Rochinha (idealizador da filosofia do esporte como meio social), Tio Rodrigues (ex-prefeito de Ubatuba), Carlito Rocha (ex-vereador), Mauro Barros (vereador), Dr. Romeu (dentista), Alexandre e Virgilio Nunes (pastores), entre outros, mas já deu para terem uma idéia.

Desde cedo comecei a me preparar para ter um bom futuro, contando sempre com o incentivo de meus pais. Aos 4 anos de idade comecei a estudar na extinta Era Uma Vez, que foi uma ótima escola para me ajudar n o desenvolvimento lógico. Lá fiz grandes amigos que trago no coração até hoje, mesmo distantes.

Quando cheguei a 4ª série do ensino fundamental o Colégio Objetivo foi fundado e me mudei para lá, permanecendo até o término do 2º grau. O estudo lá, cominado com o raciocínio lógico que eu já havia adquirido, foi fundamental para que eu pudesse aprender a lidar com provas testes e a pressão do vestibular na época.

Fiz apenas 2 vestibulares ao me formar, pois sempre sonhei em ter o melhor, ITA e USP. No vestibular do ITA gabaritei inglês e passei em português com cerca de 80%, na USP não passei por 2 pontos. Fui então morar em São José com meu amigo desde a infância. Davi Alves (do restaurante Baleia Branca). Lá fizemos o cursinho do Anglo, porém, devido ao meu amor por Ubatuba desisti e optei por cursar Direito no Módulo.

Entrei então e m 2º lugar no vestibular do módulo, e no período de estudos fiz estágio na instituição para pagar meus estudos, até que em 2006 consegui algo que Deus havia preparado para mim.

Vou dedicar um pouco mais a este momento que foi crucial em minha vida. Vocês entenderão o porquê.

No início de 2006 eu havia acabado de terminar um longo relacionamento e estava bem desiludido, buscando a alegria nos lugares errados, quando acordei e percebi que não era aquilo que Deus tinha para mim. Eu sabia, no meu íntimo, que Deus tinha grandes planos para minha vida.

Foi neste mesmo período que chegou ao meu conhecimento, através do Caio (meu grande amigo de minha adolescência), que está sempre bem informado a respeito de concursos, que haveria um concurso para a Transpetro, com vagas para Ubatuba e São Sebastião.

Ao ler o nome Ubatuba no edital me interessei, afinal, nunca mais desejei deixar minha amada cidade. Inscrevi-me no concurso e fomos a Santos, que era o local mais próximo onde o concurso seria realizado. No carro fomos eu, minha mãe (sempre companheira), o próprio Caio e o Edney (famoso Negão). Chegamos a Santos, como de costume da minha mãe que é sempre precavida, com uma boa antecedência, encontramos os locais das provas, fomos ao aquário de Santos, comemos, deixamos o Caio e o Edney, que iriam fazer a prova no mesmo local. Enquanto seguíamos para a faculdade na qual eu deveria fazer a prova surgiu um “pequeno imprevisto”. O carro parou, de repente, não mais que de repente, e lá estávamos eu e minha mãe, numa cidade estranha, sem nenhum conhecido, com o carro quebrado, faltando cerca de vinte minutos para o início da prova.

Parecia que tudo estava perdido, encostamos o carro em um supermercado e segui, de baixo de um sol de 40º, em passo acelerado para o local que deveria fazer minha prova. Ao chegar ao local fui direto para o banheiro para me secar com papel toalha, pois estava encharcado. Sentei na cadeira que tinha meu nome, mas minha mente estava lá fora, com minha mãe, sozinha, numa cidade estranha, como eu poderia ficar tranqüilo?

Fiz a prova neste espírito, ao reencontrar minha mãe, ela deixou os problemas de lado e me fez a costumeira pergunta, como foi a prova Lê? Eu desanimado disse: “Mãe, eu não fui bem, e isso me deixou triste. Eu realmente achei que esta prova era para mim, que este concurso era para mim, mas se eu passar, só por Deus mesmo”

Nos viramos para arrumar o carro com o auxílio de um taxista e retornamos para Ubatuba.

Algum tempo depois, o Caio, aquele mesmo rapaz, sempre bem informado sobre concursos, me ligou e me deu a notícia, eu havia ficado em sexto lugar naquele concurso. Eu quase caí para traz, era muita felicidade, era muita bondade de Deus para comigo, eu não merecia isso...

A notícia, como é de costume em cidades pequenas, se espalhou rapidamente. Até chegar aos ouvidos de uma pessoa que na época até era bem próxima de mim. Esta pessoa me pareceu ter prazer em me desanimar, disse-me, lembro até hoje, “legal você passar, mas não se anime não, que estes concursos eles tem o prazo de dois anos para chamar, e as vezes nem chamam”.

Foi uma ducha de água fria que recebi logo após ter estado tão animado. Este concurso foi deixado de lado, minha vida correu até que aquele meu amigo informado ali de cima, me ligou e disse que já haviam chamado até o nono colocado para fazer exames médicos e perguntou se eu não havia sido chamado. Eu ainda não havia recebido nada, então, com o auxílio do meu pai, mandei uma carta registrada para o Gerente de Recursos Humanos da Transpetro, solicitando esclarecimentos do por que deles não terem me convocado para os exames médicos e deixando claro que dependendo da resposta tomaria as medidas cabíveis para o legítimo exercício dos meus direitos. Eles deram uma explicação que foi porque havia outro Leonardo Amaral e que eles haviam feito confusão quanto ao meu “homônimo”. Fui ao Rio de Janeiro com minha mãe para fazer os exames admissionais.

Aquela mesma voz desanimadora repediu aquele blábláblá e eu continuei tocando minha vida. Arrumei um emprego com meu grande amigo Beto em uma pizzaria na qual este era gerente, e lá houve mais um livramento de Deus, pois fui obrigado a abandonar o cargo de caixa para assumir meu cargo na Petrobras em São Sebastião. Após o término da temporada os proprietários da pizzaria acusaram os caixas de furto, mas Deus havia sido fiel e me livrado desta.

Assinei o contrato, no dia 8 de janeiro de 2007, no Rio de Janeiro.

Mudei-me então, juntamente com meu irmão, para Caraguatatuba, Já no 1º ano fui honrado com um aumento de cerca de 1/3 do meu salário básico, acompanhado de uma promoção do cargo de auxiliar técnico de administração para técnico de administração e controle júnior.

Em 2008 tive minha 1ª experiência pública, fui candidato a vereador em nosso amado município, fiz grandes amigos durante esse período e a experiência, embora não tenha ganho a eleição, valeu a pena, pois recebi grande carinho da população e pude sentir a ânsia por melhoras e renovação dos quadros com pessoas idealistas, e isto foi muito gratificante.

No ano de 2009 concluí meus ensinos, e tornei-me Bacharel em Direito. E, acreditando que devemos buscar sermos amanhã sempre melhor do que fomos ontem, em 2010 começarei um curso técnico de informática no Instituto Federal em Caraguatatuba.

Esse sou eu superficialmente, agora, meu eu interior não é algo publico no momento, que sabe depois.

Abraços a todos

Leo Rocha

4 comentários:

Gilmar Rocha disse...

Oi,filho. Legal! Agora, ambém graças adeus, já não sou mais só ex-isso, ex-aquilo... rsrsrs...

Ademilson disse...

Léo parabéns por tudo. Você é um vencedor e sempre será. um amigo companheiro, como falei para o rafa digo omesmo para você, você é um irmão !

^^ Fica com Deus minha femea kkk'

DUARTE, A. disse...

Leo, adorei tua história. Uma pessoa como você merece mais e mais sempre! Beeijos

DUARTE, A. disse...

Leo, que post lindo! Uma pessoa com uma história tão linda merece sempre mais e mais! Beeijos